EXCLUSIVA: Após participar da megaoperação no Complexo da Penha, policial de Búzios agradece orações e diz que seguirá firme “em honra aos que se foram”

Por @lsaiascoutinho

O policial Leandro Alex de Souza da Silva, conhecido como Leandro do BOPE, integrou as equipes que atuaram na megaoperação realizada nesta terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro — considerada a mais letal da história do estado. Servidor público e integrante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Leandro compartilhou uma mensagem nas redes sociais após o confronto.

“Ontem foi um dia muito difícil. Participamos de uma operação no Complexo da Penha, onde infelizmente perdemos irmãos de farda e outros ficaram feridos. A dor é grande, e o peso do silêncio depois de tudo é ainda maior”, escreveu o policial.

Leandro destacou o compromisso da tropa com a missão de proteger vidas e combater o crime organizado.

“Cumprimos nossa missão da melhor maneira que poderíamos ter feito, enfrentando o que for preciso para combater o narcotráfico e proteger vidas. Essa é a escolha que fizemos e o juramento que honramos todos os dias.”

O policial tranquilizou familiares e amigos, afirmando que está bem após a ação.

“Graças a Deus estou bem. Agradeço de coração por todas as mensagens, orações e pela preocupação de cada um. Sigamos firmes, com fé, em respeito aos que se foram e em honra àqueles que continuam na luta.”

A megaoperação deixou pelo menos 64 mortos confirmados, 81 presos e dezenas de armas apreendidas. Entre as vítimas estão quatro policiais, sendo dois civis e dois militares, conforme informou o Comando da PM.

❌ Aumento no número de mortos

Moradores do Complexo da Penha levaram cerca de 64 corpos à Praça São Lucas após a megaoperação. O governo havia informado 64 criminosos e quatro policiais mortos, mas esses novos corpos ainda não foram incluídos no balanço oficial. A perícia vai investigar se as mortes estão ligadas à operação — o que pode elevar o total para mais de 128 mortos, número que aumenta a cada minuto, tornando o episódio o mais violento da história do estado.