No Dia Nacional do Trânsito, Búzios enfrenta números alarmantes: 69 vítimas em 2025 e um aumento de 56% nos acidentes, lembrando que cada descuido pode custar uma vida.
Por @lsaiascoutinho
Neste Dia Nacional do Trânsito (25 de setembro), Búzios enfrenta uma realidade preocupante: o aumento expressivo de acidentes coloca vidas em perigo e transforma ruas em cenários de tragédias evitáveis.
De acordo com o painel do Instituto de Segurança Pública (ISP), somente em junho deste ano, 8 pessoas se tornaram vítimas de acidentes de trânsito em Búzios — quase três vezes mais que no mesmo mês de 2024, quando foram registradas 3 vítimas. No acumulado do ano, 69 pessoas sofreram acidentes, contra 44 em 2024, um crescimento de 56,8%. Cada número representa uma vida, uma família, um futuro interrompido.
O Hospital Municipal Rodolpho Perissé (HMRP) confirma a gravidade da situação: em 2025, até setembro, 87 pacientes chegaram em estado grave devido a acidentes de trânsito, quase o dobro do registrado em todo o mesmo período de 2024. Isso equivale a um acidente grave a cada três dias. A maior parte envolve motocicletas, evidenciando o risco crescente para quem circula sobre duas rodas.
O Detran-RJ classifica Búzios na “zona vermelha” dos acidentes, ao lado de cidades como Saquarema, Rio das Ostras e Araruama, superando municípios muito maiores, como Nova Iguaçu e Duque de Caxias. A frota de motos em crescimento acelerado é um fator que agrava o problema, refletindo na estatística e, principalmente, na vida das pessoas.
Mais do que números frios, cada acidente é uma história interrompida, uma família marcada, uma vida perdida. No trânsito, a imprudência mata. O respeito às regras, a atenção e a responsabilidade não são apenas obrigações legais, mas o ato mais simples e poderoso de preservar a vida.
Neste Dia do Trânsito, Búzios precisa urgentemente refletir: a pressa não vale uma vida. Cada gesto de cuidado ao volante, cada capacete bem colocado, cada freada consciente pode ser a diferença entre a vida e a morte.

